Transtornos Psicogênicos do Movimento
Elizabeth Maria Aparecida Barasnevicius Quagliato
Profa. Colaboradora do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas- São Paulo- Brasil
1. Introdução
A etiologia psicogênica de um transtorno do movimento fica muitas vezes evidente desde a primeira avaliação do paciente. Esse diagnóstico, no entanto, exige experiência do examinador e exclusão de outras afecções neurológicas e clínicas.
Charcot, no final do século IX, demonstrou seu grande interesse pela histeria nas reuniões das terças feiras na Salpêtrière, promovendo encenações que os próprios pacientes faziam de suas crises conversivas. Possivelmente, um dos seus pacientes famosos apresentava contratura distônica psicogênica pós trauma. (Sa DS et al, 2004)
As implicações médico-legais, não raras nos dias atuais, acrescentam mais exigências quanto à certeza desse diagnóstico. As bases neurobiológicas dos distúrbios do movimento psicogênicos (DMP) são ainda desconhecidas e não há marcadores biológicos adequados, que permitam um diagnóstico diferencial.
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